Saímos de casa hoje atrasadíssimas para o trabalho da Violeta. Quer dizer, ela estava atrasada, pois eu estava só de motorista. Entramos no carro e, prontas para correr para o trabalho, eu ouço a Violeta falar um "espera aí!" enquanto saía do carro. "Espera aí? Mas tu já estás atrasada!", eu pensei. Ela deu a volta no carro e parou em frente a ele, perto dos limpadores de pára-brisa. Pegou cuidadosamente uma folha seca na mão e me mostrou. "Olha só!", ela disse, me mostrando a mão. Olhei mais atentamente: um passarinho!
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Que coisinha mais pequena! "Deve ter caído do ninho tentando voar", imaginamos. Ficamos olhando para cima, para a árvore que emprestava sua sombra para o carro. Onde estaria o ninho? Com uma árvore daquele tamanho, seria impossível achá-lo. "O que a gente faz com ele?"
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Levamos o passarinho. Seria um filhotinho de pardal? Violeta dirigiu e eu segurei o passarinho, que se aquietou em uma mão minha quase fechada, e olha que minha mão é das menores que já vi. Fomos a uma loja de produtos para aves, conversamos com o dono. "A gente leva o que pra ele? Alpiste?" Ele nos instruiu a comprar a papinha para bebês-passarinhos. Eu nunca pensei que pardaizinhos comessem papinha! "Parece uma rolinha", o dono disse. Ok, ok, uma rolinha então.
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Voltamos ao carro e, dessa vez, voamos para o trabalho. Atrasamos mais 20 minutos só nessa brincadeira. Colocamos a rolinha dentro de uma caixa de chocolates vazia que por acaso estava no carro e decidimos que a Violeta cuidaria dela essa noite. "Vou passar a noite no trabalho mesmo, é bom que eu cuido de alguma coisa". "Tu arranjas jornal pra forrar a caixinha lá?", perguntei. Ela disse que sim.
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Chegamos ao trabalho com meia hora de atraso. Violeta entrou toda sorridente com o passarinho escondido na caixinha de chocolate. "Quando ele crescer e estiver forte o sucifiente para voar, a gente solta ele", ela havia sugerido no caminho. Concordei.
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Voltei para casa toda feliz. Lembrei da cara de alegria da Violeta ao entrar no trabalho com aquela caixinha de chocolate - sem chocolate algum - nas mãos. Morri de orgulho da minha (quase) veterinária. E percebi que é nessas horas que eu vejo que estou namorando a garota certa.
Marcadores: escrito por Orquídea, vida privada
6 Comentários:
Linda! =)
E quase veterinária é ótimo!
Aaaaah o passarinho é lindinho, ele tá ao lado do monitor do computador pra ficar mais quente...
Que orgulho de ser a garota certa, e vendo você me acompanhar nessas loucuras, também tenho certeza que você é a garota certa!
=***
Se você aceita alternativas de títulos para esse post, eu sugeriria "Poesia que aconteceu". Mas seria muito piegas e, de qualquer maneira, não é uma sugestão de verdade, é só um enfeite para dar minha opinião.
Cuidem bem dele, viu?
Já deram um nome?
Beijos.
oti oti que lieeendo...
É pra dar sorte em 2007! um filhinho..x)
bjocas meninas
Eitaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Passarinho?
Ai que bom que vcs estão cuidando dele. Cuidar de qualquer animal significa ser um ser sensível e bom.
Agora PAPINHA PARA PASSARINHO, pramim é novidade hehehe.
Trab a noite toda deve ser cansativo.
Beijo meninas!
Boa sorte com o "filhote mascote".
=)
Tem sempre alguém certo pra gente...e isso faz parte do encantamento do universo!
Toda sorte do mundo ao bebe de passarinho.
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